28 de julho de 2015 | 18:41

Correção na política econômica do Brasil deve continuar, avalia S&P

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A redução das metas fiscais no Brasil foi um reflexo da piora da situação econômica, avaliou nesta terça-feira, 28, a analista da agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P), Lisa Schineller, em uma teleconferência com jornalistas e analistas de bancos como UBS, HSBC e ING. “Mantemos a crença de que a correção de políticas econômicas vai continuar no Brasil”, disse ela. A S&P até então não tinha se manifestado publicamente sobre as mudanças nas metas fiscais, anunciadas na semana passada e que desagradaram a alguns economistas. Lisa frisou logo no início de sua apresentação que não acredita que a mudança da meta de superávit primário, de 1,1% estabelecida inicialmente para 2015, para apenas 0,15%, signifique um menor comprometimento do governo com o ajuste na economia. Ao mesmo tempo, ela frisou que aumentou nos últimos meses os riscos para a execução da política econômica, por conta da turbulência política no Congresso. Questionada sobre qual o peso do anúncio da mudança na meta fiscal para a decisão da S&P de revisar o rating brasileiro, mudando a perspectiva para “negativa”, Lisa disse que o “componente-chave” foi avaliar a “fluidez” da dinâmica política e o risco de execução de medidas do ajuste econômico e ainda o fraco desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. “A revisão das metas, na nossa visão, foi reflexo da economia mais fraca, da realidade econômica.”

Estadão Conteúdo
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