01 de julho de 2015 | 13:09

China aprova lei polêmica sobre segurança nacional

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A China aprovou nesta quarta-feira uma lei de segurança nacional que o governo diz ser necessária para combater ameaças emergentes, mas controvérsia por abranger aspectos tão diferentes como as áreas de finanças, política, o exército, religião, ideologia e segurança cibernética. Os críticos apontam que esta lei pode ser usada para reprimir as concordâncias e excluir o investimento estrangeiro. A lei estabelece uma definição expansiva na segurança nacional que proíbe ameaças ao governo da China, à soberania, à unidade nacional, bem como a sua economia, a sociedade e os interesses cibernéticos e espaciais. A lei protege a soberania nacional e territorial, tais como atividades chinesas no espaço, no fundo do mar e nas regiões polares. A aprovação da lei marca a mais recente intensificação da repressão de Pequim sobre o ativismo e a dissidência durante os últimos dois anos, com a repressão de grupos da sociedade civil, intensificando o monitoramento de mídias sociais e avisos contra a propagação de ideias ocidentais e influências. Foi revelado também que a lei protege o desenvolvimento científico e a cooperação internacional para preservar os bens chineses. A nova legislação constitui a peça central de uma série de leis de segurança propostos, incluindo projetos de lei contra o terrorismo e gestão de grupos sem fins lucrativos estrangeiros. Juntos, dizem os especialistas, as leis sustentam a força do presidente, Xi Jinping, para consolidar seu poder e de Pequim e promover uma noção de Estado de Direito que não prejudique a autoridade do Partido Comunista. Essas leis “refletem a determinação do partido para criar um estado militar”, disse Jerome Cohen, um jurista veterano da China na Universidade de Nova Iorque. A lei de segurança nacional, disse ele, é “uma plataforma ideológica que norteia as políticas nacionais e estrangeiros.”

Estadão Conteúdo
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