03 de julho de 2015 | 17:36

Acordos com EUA vão impactar balança ainda este ano, diz Armando Monteiro

brasil

A balança comercial deverá mostrar, ainda neste ano, os resultados de acordos assinados durante a visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos. “Raramente pude ver algo tão produtivo como o que aconteceu nessa viagem”, disse ao jornal O Estado de S. Paulo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, que antes já havia participado de missões de governo e empresários àquele país na condição de presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Além da importante decisão dos EUA de abrir seu mercado para a importação da carne in natura brasileira, o ministro destacou o acordo de convergência de padrões e normas técnicas, que deverá permitir a venda de mais produtos manufaturados àquele mercado. “Às vezes, para vender produtos industrializados, enfrentamos problemas que não são as tarifas”, explicou. “O que pesa são as barreiras não tarifárias.” Muitos produtos brasileiros não entram no mercado americano porque estão em desacordo com os padrões e normas técnicas exigidos lá. O acordo assinado durante a viagem prevê que haverá uma aproximação das regras adotadas nos dois países, o que deverá resultar na criação de um novo padrão para ambos. Além disso, laboratórios brasileiros serão credenciados para avaliar produtos brasileiros e dizer se estão de acordo com as exigências dos EUA. O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estarão em diálogo permanente com suas correlatas de lá. O ministro espera resultados para breve porque setores industriais brasileiros já estão trabalhando para se adequar às normas daquele mercado. Antes mesmo do acordo, o setor de cerâmicas negociava mudanças para poder exportar pisos e revestimentos. Na sequência, diz Monteiro, virão as máquinas e equipamentos, têxtil e compressores.

Estadão Conteúdo
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