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Estados que mais desmataram foram o Piauí (56,2 km²), Minas Gerais (56 km²) e Bahia (46 km²) 27 de maio de 2015 | 09:19

Devastação cai 24% na Mata Atlântica; Bahia é o terceiro em desmatamento

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Estudo da SOS Mata Atlântica e do Inpe mostra que Piauí, Minas Gerais e Bahia foram os Estados que mais desmataram a floresta. O desmatamento da Mata Atlântica teve uma queda de 24% no período de 2013 a 2014 em relação ao período anterior, de acordo com o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, estudo divulgado na quarta-feira, 27, pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O estudo indica que o desmatamento foi de 183 km² nos remanescentes florestais dos 17 Estados abrangidos pelo bioma, no período de 2013 a 2014. No período anterior, a devastação havia chegado a cerca de 240 km². Os Estados que mais desmataram foram o Piauí (56,2 km²), Minas Gerais (56 km²) e Bahia (46 km²). Ainda assim, em relação ao período anterior, os três Estados registraram redução de 15%, 34% e 2%, respectivamente. O Estado de São Paulo é o sétimo maior desmatador (0,6 km²), com uma redução de 34% em relação a 2012-2013. De acordo com Marcia Hirota, diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica, a redução do desmatamento do bioma ocorre depois de dois anos seguidos de alta. “É uma ótima notícia, principalmente porque identificamos novos espaços que tendem ao desmatamento zero, ou seja, uma supressão da vegetação abaixo de um quilômetro quadrado”, afirmou. Para Marcia, as pressões da sociedade e o cumprimento da legislação ajudaram a diminuir a devastação do bioma. “Agora que muitos Estados conseguiram brecar o desmatamento, temos que começar a recuperar a Mata Atlântica. Isso tem que ser feito em associação com a recuperação de matas ciliares, principalmente no Sudeste, para que se possa reverter a situação hídrica precária da região”, disse. Ela explica que, embora São Paulo esteja se aproximando do desmatamento zero, as áreas remanescentes ainda são muito pequenas. “Temos que continuar a mobilização para recuperar essas áreas – em especial as que têm ligação com reservatórios de água. A região da Cantareira, por exemplo, tem apenas 21,5% da sua cobertura florestal original”, disse. Em todo o Brasil, os remanescentes da Mata Atlântica correspondem a 12,5% da cobertura original.

Estadão
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