22 de maio de 2015 | 18:00

Corte vai preservar Mais Médicos e Bolsa Família, diz Barbosa

economia

Questionado por que o governo tem dificuldade em cortar gastos e prioriza cortes nos investimentos no contingencimento, O ministro do Planejamento Barbosa diz que no Brasil há uma “rigidez orçamentária” que reduz o espaço de atuação. “À medida que a situação fiscal for mais normalizada isso pode ser regularizado, mas o governo não tem discutido isso”, disse. O ministro reafirmou que o corte vai preservar programas essenciais, como o Mais Médicos e Bolsa Família. Dotação máxima para o PAC, inicialmente prevista para R$ 65 bi, será reduzida para R$ 45 bi para pagamento e R$ 39 bi para empenho. Segundo o ministro, áreas prioritárias como o Minha casa Minha Vida e programas de combate a crise hídrica e obras estruturantes no Nordeste serão preservadas. Na educação serão usados R$ 15,1 bi, valor acima do mínimo constitucional, segundo o ministro. O Contingenciamento não é linear entre os ministérios, diz o ministro. Um cronograma de investimentos vai preservar projetos estruturantes e em fase de conclusão. Barbosa disse que o governo espera economizar 5 bi com as alterações abono salarial e seguro desemprego propostas nas medidas provisórias que tramitam no Congresso, em relação ao que foi projetado inicialmente na lei orçamentária, em agosto de 2014. Com relação às despesas discricionárias, a intenção é reduzir para um patamar semelhante a 2012. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está em seu gabinete, enquanto é divulgado, no Ministério do Planejamento o corte orçamentário para 2015. O anúncio está sendo feito pelo ministro Nelson Barbosa. O secretário do Tesouro, Marcelo Saintive, representa a Fazenda na comunicação do contingenciamento à imprensa. A assessoria do Ministério da Fazenda não soube explicar a ausência de Levy. Pela manhã, Levy também não participou da reunião na Granja do Torto, que teve participação da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Estadão Conteúdo
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