20 de abril de 2015 | 19:00

Ibovespa cai com bancos, enquanto espera balanço da Petrobras

economia

A Bovespa não conseguiu acompanhar a melhora do humor nos mercados internacionais e terminou a sessão desta segunda-feira, 20, que antecede o feriado de Tiradentes no território negativo. Se durante a manhã o exercício de opções sobre ações conferiu ânimo aos negócios e deu impulso às ações de Petrobras e Vale, na segunda parte do pregão o comportamento do mercado acionário doméstico foi oposto, com giro fraco e o Ibovespa em baixa. A pressão adicional na parte da tarde veio dos papéis dos bancos, penalizados pela piora das perspectivas para o setor e para a economia brasileira em um contexto de ajuste fiscal. Por outro lado, as ações de Vale e das siderúrgicas pegaram embalo nas medidas de estímulo anunciadas na China no fim de semana e passaram a maior parte do dia em alta. Petrobras, por sua vez, foi beneficiada pelo exercício de opções e pelo anúncio de um financiamento da ordem de R$ 18,7 bilhões, o que, segundo a estatal, garante os recursos necessários para a operação em 2015. Agora a expectativa dos investidores recai sobre o balanço auditado da estatal, que será divulgado na quarta-feira, 22. Na avaliação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que participa de eventos em Nova York, a publicação desses números “marcará mais um passo na reconstrução da Petrobras”. O Ibovespa terminou o dia em baixa de 0,36%, aos 53.761,27 pontos. Na máxima, marcou 54.385 pontos (+0,80%) e na mínima, 53.510 pontos (-0,82%). No mês, acumula ganho de 5,11% e, em 2015, valorização de 7,51%. O giro financeiro totalizou R$ 8,56 bilhões, sendo R$ 3,31 bilhões referentes ao exercício de opções sobre ações. A queda do índice à vista foi conduzida principalmente pelo setor financeiro. Itaú Unibanco PN, principal ação do Ibovespa, terminou em baixa de 1,67%, seguido por Bradesco PN (-0,68%), Banco do Brasil ON (-0,49%) e units do Sandander (1,28%). Sobre o setor, depois de revisar para negativa a perspectiva do rating de seis bancos médios brasileiros, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s alertou hoje que as medidas de ajuste propostas pelo governo devem pressionar a renda das famílias e resultar em uma contração econômica que irá enfraquecer a qualidade de ativos e lucratividade dos bancos.

Ana Luísa Westphalen, Estadão Conteúdo
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