24 de abril de 2015 | 19:45

Governo comemora extradição de Pizzolato e garante assistência na prisão

brasil

Autoridades do governo e da Procuradoria-Geral da República (PGR) brasileira comemoraram a oficialização por parte da Itália da autorização para extraditar o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão. Um dos compromissos firmados pelo governo para garantir o retorno do condenado por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva é a garantia de que Pizzolato irá receber assistência oferecida pelo Consulado da Itália na prisão. “Nós consideramos essa decisão extremamente importante e histórica”, disse o procurador regional da República e secretário de Cooperação Jurídica Internacional da PGR, Vladimir Aras. Na esfera judicial, o Brasil teve de convencer a Justiça italiana de que o presídio que receberia Pizzolato não é um local de risco e não oferece ameaças à dignidade do preso. Ele irá cumprir pena no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, conforme determinado pelo ex-ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), em novembro de 2013. Depois, o desafio foi negociar com o governo italiano a extradição de Pizzolato, mesmo ele sendo um cidadão italiano nato. “Pela primeira vez de fato um cidadão italiano é entregue a uma nação estrangeira”, completou Aras. “O fato de termos um crime de corrupção como base nos pareceu muito importante na decisão italiana de abrir essa exceção e extraditar um nacional. O compromisso de combate à corrupção foi colocado na decisão”, disse o diretor do departamento internacional da Advocacia-Geral da União (AGU), Boni Soares.

Beatriz Bulla e Talita Fernandes, Estadão Conteúdo
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