Foto: Manu Dias/Secom/Arquivo
O ministro da Defesa, Jaques Wagner 23 de março de 2015 | 10:52

Wagner e os senões para assumir a articulação de Dilma

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Desde que deixou a Bahia para assumir o Ministério da Defesa, em Brasília, Jaques Wagner (PT) afirmou a políticos próximos que não tinha o menor interesse em assumir a articulação política do governo Dilma Rousseff.

Então, avaliava que o posto exigiria muito empenho de seu ocupante, o que não estava disposto a fazer depois de ter passado oito anos à frente do governo do Estado.

Quando a crise engoliu a presidente, seu nome voltou a emergir como uma opção para o lugar do chefe da Casa Civil, o petista Aloízio Mercadante, cuja inaptidão para a função só não era percebida por Dilma.

O nome de Wagner sempre foi a alternativa pensada pelo ex-presidente Lula para o lugar de Mercadante. O propalado desentendimento entre Lula e a presidente foi, em dado momento, apontado como razão para Dilma não querer escolhê-lo.

A presidente poderia não se sentir à vontade com alguém que é muito mais ligado ao ex-presidente do que a ela num momento em que os dois não conseguem se entender.

Mas o que mais chama a atenção dos colegas petistas de Wagner tem sido sua determinação em não se envolver em qualquer disputa por espaço na articulação política do governo.

A postura seria parte de uma estratégia? Estaria Wagner se mantendo à distância a fim de se preparar para disputar a presidência em 2018 na hipótese de Lula não poder se candidatar?

Raul Monteiro
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