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Vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB) 30 de março de 2015 | 14:30

Temer rebate Cunha e afirma que PMDB está no governo

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O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmou nesta segunda-feira, 30, que a participação de seu partido na formulação das políticas públicas aumentou com a presença dele e de outros integrantes da sigla no conselho político do governo. “De quatro semanas para cá, estamos tomando deliberações em conjunto, então nesse sentido o PMDB está no governo”, afirmou a jornalistas após participar de um fórum sobre reforma política, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A afirmação rebate a fala do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) que em entrevista ao jornal O Globo disse que o partido “finge que está no governo” e que o governo “também finge que o PMDB está lá”. Temer minimizou a declaração. “O Eduardo quis dizer com isso que, na verdade, é preciso talvez haver uma repactuação, o PMDB ter talvez uma presença mais efetiva nas políticas públicas, que está tendo agora”, explicou, ressaltando que o ministro da Secretaria da Aviação Civil, Eliseu Padilha, e o ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, integram o conselho político ao seu lado. “De três a quatro semanas para cá estamos participando do conselho político, que é quem dá as diretrizes para a política governamental”, disse, o vice-presidente, lembrando que hoje, 30, às 17 horas, o grupo volta a se reunir em Brasília. “O PMDB está no governo, o que há é que uma e outra vez colegas acham que o PMDB deveria estar mais no governo, especialmente nas políticas públicas.” Temer também negou que haja uma insatisfação com a demora na indicação do ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves para o Ministério do Turismo. “Isso será definido esta semana, essas coisas são fruto de diálogo”, falou. Ele voltou a afirmar que o PMDB colocará ministérios à disposição para contribuir em uma eventual diminuição de pastas, na tentativa de enxugar a estrutura da máquina pública. “Primeiro é preciso que haja uma decisão presidencial de redução dos ministérios. Isso vai envolver um estudo técnico, administrativo. Quando houver o número de ministérios a serem reduzidos, PMDB estará disposto a colaborar”, afirmou, sem precisar qual seria a quantidade ideal de ministérios. “Seria irresponsável se dissesse 20, 18, daí é cabalístico, o que é preciso é fazer uma verificação técnica de quanto é possível reduzir.”

Gabriela Lara, Estadão Conteúdo
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