29 de março de 2015 | 15:54

Empresas de Educação ainda veem espaço para manter reajustes no Fies

brasil

Entidades que representam o ensino superior ainda têm a expectativa de que possa ser possível reajustar os preços das mensalidades do Fies para alunos veteranos sem a limitação imposta este ano pelo Ministério da Educação. Os grupos de ensino privado tiveram uma derrota na Justiça e vão depender ainda do andamento de um grupo de trabalho criado por órgãos do MEC e do Ministério da Justiça que vai avaliar os aumentos nas mensalidades. O diretor executivo da Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), Sólon Caldas, conta que um acordo com o MEC permitiu que as empresas fizessem a inscrição dos alunos no sistema do Fies independentemente do valor do reajuste. A diferença é que o novo grupo de trabalho, formado por meio de uma portaria publicada esta semana, vai revisar todos os contratos que estejam com reajustes acima de 6,4% para entender se houve ou não abuso no reajuste de preço da mensalidade. A limitação aos reajustes de preço passou a ser implementada este ano e afeta o universo de cerca de 1,9 milhão de estudantes que já estudam com Fies, ou seja, alunos veteranos. O MEC determinou desde fevereiro que só poderiam ser financiadas mensalidades que tivessem aumentado em no máximo 6,4% ante o ano passado.O ministro-chefe da Casa Civil Aloizio Mercadante afirmou que o governo detectou que havia abusos das companhias de ensino ao praticar os reajustes de preço no Fies. Já o setor privado contesta. Para Caldas, os custos de instituições de ensino podem crescer acima da inflação média e é por isso que as mensalidades sobem mais que o IPCA.

Dayanne Sousa, Agência Estado
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