27 de março de 2015 | 07:30

Disputa no governo federal trava campanha de uso racional da água

brasil

A prometida campanha pelo uso racional da água, que seria lançada pelo governo federal, provocou uma disputa na Esplanada dos Ministérios. A demora no lançamento da campanha está relacionada a uma divergência de opinião entre a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o que fez o material ser reformulado.Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, o nó está na abordagem do tema: a Secom queria explicitar no material que o aquecimento global seria uma das principais causas da crise hídrica que castiga o Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. O MMA, no entanto, foi contra a ideia, por entender que poderia entrar em um vespeiro científico.A tese dos impactos do aquecimento global não é consenso há anos e divide a comunidade científica internacional. Para o Meio Ambiente, a campanha tem de falar sobre o uso consciente da água, e não entrar em defesa de teorias científicas em plena rede nacional.O acompanhamento de peças publicitárias era uma das atribuições do jornalista Thomas Traumann, que pediu demissão da chefia da Secom na quarta-feira, após o jornal O Estado de S. Paulo revelar o conteúdo de um documento reservado do Planalto, que vê “caos político” e critica a “comunicação errática” do governo federal.

Agência Estado
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