Foto: Divulgação
Ministério da Fazenda 30 de março de 2015 | 10:30

Delegados da Zelotes defendem o fim do Carf

brasil

Investigadores da Operação Zelotes, que desbaratou esquema de corrupção para apagar ou reduzir multas de grandes empresas em discussão no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), defendem a extinção ou uma ampla reformulação do órgão, uma espécie de “tribunal” da Receita Federal. As investigações demonstraram que o atual modelo do Carf, sujeito à influência do setor externo e sem controle de atividades, favorece as fraudes. O esquema pode ter desviado R$ 19 bilhões dos cofres públicos entre 2005 e 2015, segundo a Polícia Federal e a Procuradoria da República no Distrito Federal. O Ministério da Fazenda anunciou que vai instaurar processos administrativos de responsabilização contra empresas envolvidas. O Banco Central informou que acompanha a situação das instituições que compõem o Sistema Financeiro Nacional (SFN). O jornal O Estado de S. Paulo revelou no sábado, 27, que entre as empresas investigadas por negociar ou pagar suborno a conselheiros para reverter multas da Receita estão gigantes de vários setores, entre eles os bancos Bradesco, Santander, Safra e Bank Boston; as montadoras Ford e Mitsubishi; a BRF, do setor alimentício; a Light, distribuidora de energia do Rio de Janeiro, além da Petrobras e da Camargo Corrêa, já envolvidas no esquema da Lava Jato. As empresas negam envolvimento. Em nota, a Fazenda informou que estão sendo instaurados “processos administrativos de responsabilização contra as empresas envolvidas”. A pasta não se pronunciou sobre a lista divulgada pelo jornal, justificando que o caso está sob sigilo.

Estadão
Comentários