Foto: Divulgação/Arquivo
Nome de Bruno ganha impulso com cargo no executivo municipal 24 de fevereiro de 2015 | 19:31

Secretário, Bruno vira candidato natural a vice de Neto

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Com a posse do deputado estadual Bruno Reis (PMDB) na secretaria municipal de Promoção Social prevista para esta segunda-feira, ACM Neto (DEM) não só joga com o objetivo de afastá-lo cada vez mais do deputado federal João Carlos Bacelar, líder do PTN com o qual o prefeito rompeu em janeiro, como com uma estudada projeção política e social de um quadro que eventualmente pode vir a sucedê-lo no grupo.

Não é de hoje que se comenta que Bruno pode se tornar o candidato ideal a vice de Neto em 2016, ano em que o prefeito disputará a reeleição. Além de seu amigo pessoal, regula quase a mesma idade e é um dos principais homens de sua confiança na política. Na campanha de 2012, Bruno deu tanto sangue pela eleição de Neto que chegou a se mudar para uma casa no Subúrbio a fim de fazer política dia e noite.

Quando o deputado estadual decidiu migrar do PTN, partido de Bacelar, para o PMDB, há cerca de dois anos, numa atitude naturalmente combinada com o prefeito, correu a especulação de que ele planejava se cacifar para ser escolhido vice de Neto como um nome peemedebista. Então, os caciques do PMDB Geddel e Lúcio Vieira Lima observaram o movimento calados como a insinuar que a combinação não passara por eles.

Mas a montagem da chapa de 2016 ainda está muito longe para que suscite algum conflito com os dois agora. A amigos, Neto não esconde de ninguém que tem hoje no seu grupo, atuando na administração municipal, alguns nomes que pode escolher para companheiros de chapa em 2016. Faltava apenas o de Bruno, que ganha agora a chance de mostrar como se desincumbe das tarefas de uma secretaria problemática que só recentemente foi colocada nos eixos pelo secretário Henrique Trindade, um técnico.

Neto sabe, entretanto, que só conseguirá tirar o nome do bolso do colete, sem negociar a vice com nenhum partido aliado, se tiver muito bem de popularidade. O Carnaval que passou foi um ótimo teste para o prefeito. Ele deixou a cidade para uma viagem de descanso com a família na Flórida, nos EUA, extasiado de contentamento. “Se Neto estiver bem como está hoje, ele faz o vice que quiser. Só não terá esta força se ficar fraco”, diz um amigo do prefeito ao Política Livre.

É também este sopro de popularidade que amplia imensamente a cobiça sobre o posto de vice na chapa de Neto no ano que vem. Se o clima favorável ao democrata se mantiver assim, ele não vai titubear em renunciar para disputar o governo do Estado em 2018, deixando ao vice dois anos de mandato como prefeito e ainda a possibilidade de concorrer à reeleição. “Se tudo se mantiver como está, a vice de Neto é um presentão para qualquer um”, diz a mesma fonte.

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