Foto: Divulgação/GOVBA
Além de ter constrangido a bancada petista, Rui deixou claro que não concordava com a judicialização da disputa 03 de fevereiro de 2015 | 17:49

Rui constrange petistas com elogios a Nilo

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Um dia depois de a bancada estadual do PT anunciar que entrará com uma ação na Justiça contra a reeleição, pela quinta vez consecutiva, do presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Marcelo Nilo (PDT), o governador Rui Costa (PT) fez hoje rasgados elogios ao pedetista, durante a solenidade de reabertura do ano legislativo na Casa.

A poucos centímentros de distância do ex-adversário de Nilo na disputa pela presidência, o petista Rosemberg Pinto, que renunciou à candidatura de última hora como forma também de justificar a ação judicial do PT contra Nilo, Rui fez questão de parabenizar o pedetista pelo que chamou de “vitória expressiva ontem, quando eleito presidente pela vontade absoluta de seus pares”.

Em seguida, desejou-lhe um “bom mandato” na presidência e comparou a trajetória dos dois. Rui Costa lembrou sua ascensão do bairro da Liberdade com a “do Marcelo Nilo sertanejo de Antas, pentacampeão no comando da Assembleia Legislativa”. Com as palavras, além de ter constrangido a bancada petista, deixou claro que não concordava com a judicialização da disputa.

Na verdade, o governador nunca foi favorável a uma disputa entre o PT e Nilo neste momento de início de seu governo. Temia fraturas na base que pudessem resultar em dificuldades para sua vida na Assembleia. Além de saber de antemão que Nilo era o favorito, não confiava em que Rosemberg pudesse agregar a Casa em torno de seu nome. Por este motivo, em alguns momentos chegou a mandar recados ao petista.

Na avaliação de Rui, se desejava assumir a presidência da Assembleia, Rosemberg deveria ter se aproximado de Nilo para negociar um acordo pelo qual o pedetista se comprometesse a apoiar sua candidatura à sucessão na Casa daqui a dois anos. As supostas recomendações de Rui foram em vão e a sucessão de ontem acabou resultando numa renúncia do PT à disputa supostamente por impossibilidade de vitória.

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