24 de janeiro de 2015 | 09:30

Vice de empreiteira ‘tem boas condições de saúde’, diz juiz da Lava Jato ao STF

brasil

O juiz da 13ª vara da Justiça Federal do Paraná, Sérgio Moro, enviou documento ao Supremo Tribunal Federal (STF), no qual relata que o vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Hermelino Leite, preso na Operação Lava Jato, “tem boas condições de saúde”. A defesa do executivo da Camargo Corrêa entrou com um pedido de habeas corpus no STF no último dia 15, pedindo que a prisão fosse revogada sob a justificativa de que Leite sofre de hipertensão. Na petição, o advogado solicita ainda o cumprimento da prisão em regime domiciliar. O parecer de Moro ao Supremo ocorreu após pedido do presidente do STF, o ministro Ricardo Lewandowski, que cumpre o plantão da Corte durante o recesso do Judiciário. Ao receber o pedido de habeas corpus, o ministro solicitou informações sobre o estado de saúde de Leite para que pudesse decidir se concederia ou não a liminar. Lewandowski pediu também para ser informado sobre as condições “da estrutura de atendimento médico a ele disponibilizada na unidade prisional em que custodiado” para que ele emitisse sua decisão. Sobre o atendimento médico na carceragem, Moro relatou que “embora a Superintendência da Polícia Federal no Paraná não possua unidade médica instalada, o Serviço de Atendimento Médico mantém durante o período regular de expediente um médico na sede”. O juiz acrescentou ainda que, em caso de alguma crise de hipertensão do preso, a PF promoverá atendimento emergencial e, se necessário, “pronto deslocamento a um hospital privado, como já foi feito em uma oportunidade”. Dias depois de ter sido preso após a deflagração da sétima fase da Lava Jato, Leite passou mal e chegou a ser levado a um hospital em Curitiba. Leite foi preso na sétima fase da Operação Lava Jato, deflagrada em novembro de 2014, que investiga um esquema de corrupção envolvendo a Petrobrás. Desde então, o executivo vem tendo pedidos de liberdade negados por diferentes instâncias da Justiça. No dia 13, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de liberdade do executivo de outros dois dirigentes da construtora.

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