28 de janeiro de 2015 | 17:00

Juiz Moro encaminha ao STJ alegações para manter prisões de executivos

brasil

O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na Justiça Federal do Paraná, encaminhou nesta quarta-feira, 28, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) “informações pormenorizadas” em que sustenta a manutenção da prisão de executivos da OAS suspeitos de envolvimento em um esquema de desvios na Petrobras. Os documentos foram enviados ao desembargador Newton Trisotto, relator dos habeas corpus apresentados pela equipe de defesa dos executivos que estão presos no Paraná. Em quatro ofícios, Moro justifica a permanência da prisão de José Adelmário Pinheiro Filho (presidente da OAS); de Agenor Franklin Magalhães Medeiros (Diretor da Área Internacional da OAS ); de Mateus Coutinho de Sá (Diretor Financeiro da OAS) e de José Ricardo Nogueira Breghirolli (funcionário da OAS). “Apesar de a prisão preventiva ser medida excepcional, mostra-se ela, lamentavelmente, necessária diante de indícios de um quadro de corrupção sistêmica e atual, com envolvimento profundo da OAS e de seus dirigentes”, diz o juiz no trecho final dos quatro ofícios encaminhados ao STJ. “Há um conjunto probatório que vai além dos depoimentos dos colaboradores, especialmente a prova documental da realização de depósitos milionários pela OAS em contas controladas por Alberto Youssef e que eram utilizadas para lavagem de dinheiro. Não há controvérsia quanto à materialidade desses depósitos e, se tinham eles algum propósito lícito a OAS, os seus dirigentes e os defensores não conseguiram, até o momento, prestar o mínimo esclarecimento”, ressalta o juiz Sérgio Moro nos documentos.

Estadão Conteúdo
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