Foto: Agência Câmara
Deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) 26 de janeiro de 2015 | 16:00

Estudantes detidas por beijo gay pedem indenização de R$ 2 mi a Feliciano

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Duas jovens que se beijaram, foram retiradas de um culto evangélico ministrado pelo deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) e depois detidas em setembro de 2013, entraram com uma ação na Justiça de São Paulo contra o parlamentar. Elas pedem uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais. Na ocasião, Feliciano mandou prender as duas estudantes após o beijo, durante culto em São Sebastião, no litoral paulista. “Essas duas precisam sair daqui algemadas”, disse Feliciano, sob aplausos dos evangélicos, que assistiam à cena por meio de dois telões instalados no local. Joana Palhares, de 18 anos, e Yunka Mihura, de 20, foram detidas, algemadas por agentes da Guarda Civil Municipal e levadas ao 1º Distrito Policial de São Sebastião. O beijo, segundo elas, era uma forma de protesto contra a homofobia. A assessoria de imprensa afirmou que o deputado já foi informado sobre o processo e está tranquilo. “Elas alegaram homofobia, mas isso não existe nem na Constituição e nem no Código Penal. Elas estavam seminuas montadas nas costas de dois rapazes, foi ridículo. Elas estão fazendo o Judiciário perder tempo. Estamos tranquilos, serenos. A ação carece de fundamento. É mais um absurdo”, disse o chefe de gabinete do deputado, Talma Bauer.

Julia Affonso e Fausto Macedo, Estadão Conteúdo
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