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PTN demonstrou unidade em torno de Tiago Correia 02 de janeiro de 2015 | 12:31

Derrota de Tiago leva PTN para oposição a Neto

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A reeleição do vereador Paulo Câmara (PSDB) à presidência da Câmara Municipal esta manhã abriu uma fissura na relação do PTN com o prefeito ACM Neto (DEM). Era o que se depreendia dos comentários ácidos feitos por vereadores do partido na direção do prefeito logo após a eleição na qual o candidato da agremiação, Tiago Correia, teve 10 votos e o nome do PSOL, Hilton Coelho, conseguiu apenas um sufrágio, tudo indica que dele mesmo.

A promessa no seio do PTN era de oposição acirrada contra o prefeito e o próprio presidente da Câmara a partir de agora, caso o partido não consiga se entender com Neto proximamente. Apesar de ter perdido a presidência, o PTN conseguiu eleger o vereador Kiki Bispo à primeira-secretaria, ajudando ainda na eleição do petista Henrique Carballal – que divergiu do PT e foi um dos cabos eleitorais de Tiago – à Ouvidoria da Casa.

Em nota emitida há pouco, o partido não deixa de alfinetar a postura do prefeito na disputa. O PTN esperava que Neto se envolvesse na campanha e ajudasse na eleição de Tiago, inclusive por ser seu concunhado. “Nós, do PTN, temos entre nossos princípios básicos o cumprimento da palavra empenhada, a defesa da democracia (…) foram estes princípios e, principalmente, o acordo celebrado há dois anos com o vereador Paulo Câmara e avalizado pelo prefeito ACM Neto os motivos que nos levaram a disputar a presidência da Câmara”, diz o texto.

O partido comemorava ainda o fato de o PCdoB e vereadores do PT que apoiaram Câmara terem ficado sem participação na mesa diretora que dirigirá os destinos da Casa pelos próximos dois anos. “Isto é resultado da engenharia política do gênio da política municipal Gilmar Santiago, que se acha um Benjamin Franklin”, ironizou um vereador do PTN. A presidência era cobiçada por causa da influência que terá nas articulações com vistas a 2016.

Com a vitória de Câmara, é inevitável o fortalecimento de figuras como o líder nacional do partido, o deputado federal tucano Antonio Imbassahy, como uma das alternativas para candidato a vice do prefeito em 2016. Por este motivo, apesar de se encontrar em Brasília, Imbassahy, que é tio de Câmara, acompanhou de perto a sucessão na Casa.

Da Redação
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