Foto: Vagner Rosário/Futura Press
O ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró chega ao IML de Curitiba, na quarta-feira, 14 26 de janeiro de 2015 | 16:45

Defesa de Cerveró retira Dilma do rol de testemunhas

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Menos de três horas após pedir a intimação de Dilma Rousseff como testemunha, a defesa do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró apresentou uma nova petição à Justiça Federal em que pede a substituição da presidente por uma outra testemunha Ishiro Inagaki, de Tóquio. A alegação do advogado Edison Ribeiro para a súbita mudança está na petição entregue nesta segunda feira, 26. Ele justifica a troca “uma vez que a decisão sobre a aquisição das sondas foi privativa da Diretoria da Petrobrás, não passando pelo Conselho de Administração, onde a testemunha ora substituída (Dilma Rousseff) exercia a Presidência”. Na ação penal, Cerveró e o lobista Fernando Antônio Falcão Soares, conhecido como Fernando Baiano, são acusados de receberem propina de cerca de US$ 30 milhões para viabilizar contratos de navios-sonda para a Petrobrás. Os pagamentos teriam sido feitos por Júlio Camargo, representante da empresa Toyo Setal, a Baiano, que atuaria diretamente na Diretoria Internacional, na época dos fatos comandada por Cerveró. Ao Estado, Ribeiro minimizou o episódio e disse que a troca foi motivada após uma conversa com Cerveró na carceragem da PF em Curitiba, onde o ex-diretor está preso. “Não foi nada demais, eu havia colocado a presidente (Dilma) e o (Sérgio) Gabrielli porque um foi presidente da Diretoria Executiva e outro do Conselho de Administração (da Petrobrás). Mas, ao conversar com Nestor Cerveró ele me disse que neste neste caso (pagamento de propina em compra de navios-sonda pela estatal) a decisão foi exclusiva da Diretoria, não passou pelo Conselho”, explicou. Questionado se há perspectiva de elencar a presidente como testemunha em outros episódios investigados pela Lava Jato, o advogado afirmou que ainda não pode adiantar nada. “Cada caso é um caso, eu examino e vejo quais são as melhores testemunhas, como aconteceu hoje”, assinalou. Leia mais no Estadão.

Fausto Macedo e Mateus Coutinho, Estadão
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