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19 de dezembro de 2014 | 12:30

Setor sucroenergético ainda espera mistura de 27,5% de etanol na gasolina

economia

A pouco mais de um mês da reunião que deve confirmar o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, governo, setor sucroenergético e indústria automobilística ainda não chegaram a um acordo sobre o porcentual a ser aplicado. A expectativa inicial era de que a proporção subisse de 25% para 27,5%, mas dificuldades quanto à medição desse 0,5 ponto porcentual podem limitar o incremento a 27%. A questão foi debatida na última sexta-feira (12) durante a Mesa Tripartite, coordenada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e que reúne integrantes do governo, de distribuidores de combustíveis e da cadeia produtiva de açúcar e álcool. “O problema existe, porque as provetas atuais não medem o 0,5 ponto porcentual. Teria de se administrar muito bem o nível de mistura. Assim, por comodidade, surgiu a ideia dos 27%”, contou ao Broadcast o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Antonio de Padua Rodrigues. Pela lei atual, o governo pode aplicar um porcentual entre 18% e 27,5% para a mistura de anidro na gasolina. A banda consta da Medida Provisória 647, aprovada pelo Congresso em setembro e sancionada pela presidente Dilma Rousseff no mesmo mês. A efetivação do novo porcentual depende, no entanto, de autorização do Conselho Interministerial de Açúcar e Álcool (Cima). Na última terça-feira, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz, disse no Rio que o porcentual deve ser de 27% por conta de dificuldades no controle e medição das frações para os centros de distribuição. Segundo ele, a previsão é de que a mudança seja adotada a partir de 1º de fevereiro.

Agência Estado
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