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Nem o PT parece ter entendido o desejo de Rui de fazer um governo de excelência 10 de dezembro de 2014 | 11:00

Rui estaria decepcionado com indicações da base

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O governador eleito Rui Costa (PT) está desapontado com as indicações para o secretariado feitas por partidos da base aliada. Desconsiderando o apelo de Rui para que indicassem quadros técnicos ou qualificados, sem necessariamente atuação política ou partidária, as agremiações têm insistido em apresentar nomes que o governador eleito considera terem pouco a acrescentar ao perfil do governo que pretende realizar na Bahia.

Uma das agremiações, por exemplo, apresentou uma lista de mais de seis nomes que nada têm a ver com os critérios estabelecidos por Rui: são deputados ou ex-deputados, além de secretários ou ex-secretários cujo histórico beira o mediano, sem qualquer perspectiva de ajudar na composição de uma gestão que Rui deseja transformar em modelo, na avaliação da equipe que assessora o governador eleito.

“É impressionante, mas ninguém parece ter entendido que o governador disse que os indicados não precisavam ser dos partidos, mas poderiam ser quadros recrutados pelas legendas que tenham competência comprovada e possam ajudar a construir um governo de excelência”, disse um membro da equipe de transição a este Política Livre. Segundo ele, o próprio PT, partido do governador, parece não ter entendido sua mensagem.

O partido estaria tentando “empurrar” nomes interessados em disputar a sucessão municipal de 2016 e que, por isso, buscam a projeção e a estrutura que o cargo de secretário proporciona para pavimentar suas candidaturas. Na maioria dos casos, estariam longe também de se enquadrar nos critérios de competência que o governador estabeleceu para a montagem da equipe.

Por causa da dificuldade de se fazer entender pelos partidos, o governador eleito teria decidido suspender o anúncio do secretariado, inicialmente, de quarta para esta quinta e, agora, para sexta-feira. Já há quem defenda que, para ganhar tempo, ele só faça os anúncios depois de a Assembleia Legislativa aprovar sua proposta de reforma administrativa, adiada para hoje depois de um derrota ontem na Casa que está sendo atribuída à insatisfação da bancada governista com os critérios rígidos do governador eleito para a montagem do governo.

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