21 de dezembro de 2014 | 19:00

Risco de crise energética atrai empresas para venda de excedente

brasil

Os baixos níveis dos reservatórios e os elevados preços da energia no mercado de curto prazo têm atraído as empresas de papel e celulose para a venda da energia excedente da produção, obtendo um caixa adicional. A Klabin, por exemplo, terá 150 megawatt/hora (MWh) de sobra no projeto Puma, e prevê que 10% da receita da nova unidade virá desta venda. A Suzano Papel e Celulose, por sua vez, possui atualmente 100 MWh disponíveis na unidade de Imperatriz, no Maranhão, e investe na melhora da eficiência energética da fábrica de Mucuri. A Fibria já comercializa cerca de 76 MWh e produziu, nos nove primeiros meses de 2014, 116% da energia necessária para o processo de produção de celulose. “Em geral, essas empresas são superavitárias e com a possível crise energética elas acabam usufruindo disso como um caixa adicional. São oportunidades para se manterem competitivas em um cenário futuro mais fraco”, explicou Victor Penna, analista de papel e celulose pelo BB Investimentos. Atualmente, o valor máximo da energia no mercado de curto prazo (PLD) está em R$ 822,83 por megawatt/hora (MWh), válido até o final do ano. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu, no entanto, uma redução para R$ 388,48 a partir de 2015. O preço do PLD baliza a liquidação das operações de compra e venda de energia no mercado de curto prazo.

Marcelle Gutierrez, Estadão Conteúdo
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