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Câmara reagiu negativamente à idéia de retirar candidatura em prol da paz na Câmara Municipal 04 de dezembro de 2014 | 11:14

Prefeito propõe renúncia de Câmara, que rechaça idéia

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Preocupado com o acirramento da disputa pelo comando da Câmara Municipal entre o atual presidente, Paulo Câmara (PSDB), candidato à reeleição, e o PTN e o reflexo da briga sobre sua base legislativa nos próximos dois anos, o prefeito ACM Neto (DEM) constituiu uma comissão formada por sua tropa de choque a fim de fazer um apelo ao tucano para que renunciasse à candidatura. Em troca, ofereceria a Câmara uma secretaria no governo.

A oferta, entretanto, foi rechaçada pelo presidente da Câmara. Aos vereadores Alfredo Mangueira (DEM), Leonardo Prates (DEM), Cláudio Tinoco (DEM) e Joceval Rodrigues (PPS), líder do governo na Casa, que levaram a Câmara a proposta de renúncia, o presidente do Legislativo disse que não tinha condições políticas de aceitar a oferta por causa dos compromissos partidários que já assumiu e do risco de se desmoralizar.

Ao tomar a iniciativa de formar o que está sendo chamado na Câmara de “Comissão de Paz”, o prefeito indica que está preocupado com a repercussão da briga pela presidência entre Câmara e o PTN sobre a governabilidade no município. O desentendimento é causado por um suposto acordo que teria sido celebrado entre o partido e o atual presidente na sucessão passada pelo qual o tucano apoiaria agora um nome do PTN.

Câmara nega a existência do acordo, mas o PTN bate pé firme de que foi celebrado como condição para o apoio que o partido deu ao tucano. Um vereador da base ouvido por este Política Livre informou que o prefeito não tem preferência por ninguém na presidência da Câmara, mesmo porque não está disposto a interferir num processo que considera cativo do Legislativo, mas admite que a ida de Câmara para uma secretaria engrandeceria seu governo dado “o perfil e o preparo do vereador”.

Um outro que integra a “Comissão de Paz”, sob o compromisso de não ter seu nome revelado, disse que ACM Neto também tem conhecimento de que é praticamente impossível impedir a reeleição de Câmara, porque, além do prestígio de que ele desfruta entre os vereadores, o leque de apoios que construiu até agora é numericamente superior ao que o PTN pode obter. “Não estou entendendo a jogada do PTN. Eles não têm sequer um candidato”, acrescentou.

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