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20 de dezembro de 2014 | 08:30

Dados preliminares indicam melhora da arrecadação

economia

Dados preliminares indicam que as receitas do governo federal reagiram no mês de novembro. A arrecadação diretamente administrada pela Receita Federal teve crescimento real de 2,2% sobre novembro de 2013, segundo estudo realizado pelos economistas José Roberto Afonso e Bernardo de Abreu Guelber Fajardo, do Ibre-FGV. No acumulado do ano, porém, há uma ligeira queda, de 0,1%. “Houve uma surpreendente recuperação em novembro”, comentou Afonso. “Uma boa taxa real, mas nada espetacular nem compensa as perdas dos meses anteriores.” Os números foram captados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal e, por razões metodológicas, não necessariamente coincidem com os dados oficiais que a Receita divulgará nos próximos dias. Eles são, porém, uma aproximação do resultado. Pelos cálculos dos economistas, a arrecadação administrada de novembro ficou em R$ 88,7 bilhões. Com isso, a arrecadação acumulada no ano foi a R$ 975,6 bilhões (valores constantes, considerando o efeito da inflação). O estudo também levantou dados sobre a arrecadação do principal tributo estadual, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Ao contrário do que ocorreu com o conjunto dos tributos federais, houve queda no mês de novembro. Foi uma retração de 3,6% na comparação com outubro. Ao longo dos dez meses de 2014, os recolhimentos estão 0,6% abaixo do ocorrido em igual período em 2013. De acordo com o estudo, o destaque negativo do mês na esfera federal ficou por conta do Imposto de Importação, que caiu 5,6%. “Considerando o recente cenário de depreciação cambial, tudo caminha para o reforço dessa tendência no longo prazo”, observam. No acumulado do ano, o tributo também apresenta queda, de 6%.

Agência Estado
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