18 de dezembro de 2014 | 20:15

Aumenta número de cursos de medicina com avaliação insuficiente

brasil

A porcentagem de cursos de medicina com conceito insuficiente, na avaliação do Ministério da Educação (MEC), aumentou no ano passado, comparado à divulgação anterior, feita em 2010. Em 2013, de acordo com dados divulgados hoje (18) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 17,5% tiveram conceito insuficiente, enquanto em 2010, a porcentagem era 13%. Os dados são do Conceito Preliminar de Curso (CPC), que avalia o rendimento dos estudantes, a infraestrutura da instituição, a organização didático-pedagógica e o corpo docente. Em uma escala de 1 a 5 são considerados satisfatórios os cursos com conceito 3 ou mais. Em 2013, 27 dos 154 cursos obtiveram conceito 2, 34 conseguiram conceito 4 e nenhum obteve conceitos 1 ou 5. Os 93 cursos restantes obtiveram conceito 3, ou não tiveram conceito calculado. Como os cursos são avaliados a cada três anos, a última avaliação de medicina foi em 2010, quando 177 cursos foram avaliados. Nenhum curso obteve conceito máximo e um obteve 1; 35 obtiveram conceito 4; os demais obtiveram 3, ou não tiveram conceito calculado. “Isso significa que o ensino médico no Brasil é uma catástrofe, não tem outra interpretação”, diz o primeiro vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz de Britto Ribeiro. “Médicos mal formados é sinônimo de mal atendimento à população”, acrescenta. Ele ressalta que os cursos necessitam de infraestrutura e de bom corpo docente para oferecerem formação de qualidade. Leia mais na Agência Brasil.

Mariana Tokarnia e Yara Aquino, Agência Brasil
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