23 de novembro de 2014 | 19:23

Petrobras pode se tornar obstáculo ao segundo mandato

brasil

A Petrobras pode se tornar o principal entrave ao objetivo anunciado pela presidente Dilma Rousseff de viabilizar o diálogo com o setor produtivo e combater a perda de competitividade da indústria nacional. Envolvida em uma série de escândalos, a estatal petrolífera é considerada por especialistas como peça-chave para proporcionar produtividade a diferentes segmentos da indústria manufatureira nacional, porém o momento delicado pelo qual passa a companhia pode se tornar um obstáculo ao segundo mandato de Dilma, conforme avaliam os profissionais. A crise vivida pela Petrobras é apontada por interlocutores como um empecilho ao avanço de negociações importantes dentro da companhia. Essa situação ficou evidente ao longo deste ano, quando a realização das eleições presidenciais e as denúncias envolvendo ex-diretores da estatal congelaram discussões a respeito dos combustíveis e insumos comercializados pela empresa. Encerradas as eleições e mediante o discurso pró diálogo feito por Dilma Rousseff após a vitória eleitoral, a expectativa era de que o diálogo fosse retomado e tivesse novos rumos. O surgimento de mais denúncias, contudo, pode frustrar tais planos. “A empresa hoje vive a situação de apagar incêndios. Antigos diretores estão presos e não se sabe se a presidente (Maria das Graças Foster) fica ou não fica. Sabemos que o gás e o petróleo do pré-sal chegarão, mas não estamos nos preparando para isso”, destacou o executivo de uma empresa cliente da Petrobras, que pediu não ser identificado.

André Magnabosco, Luciana Collet e Stefânia Akel, Agência Estado
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