28 de novembro de 2014 | 20:00

Movimento negro diz que campanha vem dar voz a quem sofre preconceito no SUS

brasil

Ativistas do movimento negro não viram sentido no repúdio que o Conselho Federal de Medicina (CFM) manifestou à campanha contra o racismo no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo Lúcia Xavier, coordenadora da ONG Criola, várias entidades já reconheceram que existe racismo no SUS e a campanha é uma forma de dar voz à população que enfrenta o problema. “Quando a gente fala em discriminação, não quer dizer que um negro entra no posto e é xingado, o que a gente acentua é a discriminação que tem por base o modo como a instituição promove os serviços e olha para a pessoa, não escuta as queixas, não a trata com cidadania, sabe que a população negra tem alguns agravos na saúde por causa da raça e isso não é levado em consideração”, explicou Lúcia. Para ela, a manifestação do CFM é descabida, pois a campanha vem enfrentar um problema reconhecido pelo Ministério da Saúde e outras entidades. A coordenadora ressalta que o problema de racismo no SUS não tem origem especificamente nos médicos, é de todo o sistema. “A gente diz que essa população sofre muito por causa de uma cultura institucional que trata essas pessoas de forma discriminatória”. Segundo a ativista, a campanha está entre uma série de ações do governo que visam ao combate do racismo institucional. Leia mais na Agência Brasil.

Aline Leal, Agência Brasil
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