Foto: Veja Abril
Fernando Soares, o Fernando Baiano, era conhecido na Bahia pelos amigos como "Índio" 18 de novembro de 2014 | 10:55

Lobbista foragido frequentava altas rodas na Bahia

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O lobbista Fernando Soares, apontado como operador do PMDB na Petrobras, segundo as investigações da Operação Lava Jato, e  conhecido nos meios políticos como Fernando Baiano é, de fato, baiano. Ex-morador do bairro da Barra e nascido numa família de classe média, frequentou bons colégios de Salvador. Também era adepto do Surf e, nos anos 90, andava nas altas rodas baianas, sendo visto com frequência na companhia de filhos ou parentes de políticos ou empresários poderosos. Soares teve sua prisão decretada pela Justiça dentro da sétima fase da Operação Lava Jato e, como não foi encontrado, é considerado foragido. Segundo seu advogado, Soares havia se colocado à disposição para colaborar com a investigação da PF assim que foram divulgadas na imprensa informações sobre o seu suposto envolvimento no esquema de corrupção e pagamento de propinas na Petrobras, em abril deste ano. Como foi surpreendido com o mandado de prisão, resolveu não se entregar à espera de que consiga um habeas corpus que revogue a detenção. Um empresário contou ao Política Livre que, há cerca de dois anos, encontrou Soares, cujo apelido em Salvador era “Índio”, num camarote durante o Carnaval. Trocaram poucas palavras, suficientes, entretanto, para ele saber que “Indião” havia mudado de vida, e seguiria no dia seguinte para uma casa em Trancoso, meca dos endinheirados do sul do país., para a qual o convidou. Um outro baiano que era amigo de “Indião” encontrou uma vez com ele no Rio de Janeiro e foi, em seguida, convidado para uma festa em sua casa. Ao chegar no endereço, se surpreendeu com o portentoso apartamento triplex localizado na Barra da Tijuca. Teria sua atenção deslocada ainda para um grafite pintado numa das paredes do imóvel que Soares disse ter sido obra de um artista espanhol e teria sido paga em euros.

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