16 de novembro de 2014 | 11:09

Lava Jato pode investigar também estádios da Copa

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O fato de o funcionário da construtora baiana OAS José Ricardo Nogueira Breghirolli, preso na Operação Lava Jato por suspeita de ser o responsável por distribuir o dinheiro arrecadado com supostas propinas do esquema da Petrobras, ter sido pego numa conversa com o doleiro Alberto Youssef combinando a entrega de R$ 500 mil numa residência em Porto Alegre pode abrir uma nova linha de investigação na Polícia Federal envolvendo os estádios construídos para a Copa do Mundo.

A avaliação foi feita ao Política Livre por um advogado que acompanha de perto a defesa de alguns executivos custodeados na sede da PF em Porto Alegre. Segundo ele, a residência onde o meio milhão deveria ser entregue pertence a Eduardo Antonini, que atuou na construção do Estádio do Grêmio, na mesma cidade. A própria Polícia Federal, em seu relatório, lembra que a OAS foi a responsável pela construção da Arena do Grêmio, acrescenta o advogado. Antonini também foi membro do Conselho Deliberativo do Clube.

“A descoberta desta conexão pode levar a outra linha de investigação que abranja as construções da Copa, onde supostamente houve também casos de superfaturamentos”, disse o advogado ao site, lembrando das manifestações de junho do ano passado cuja pauta era o grande volume de recursos empregados pelo Estado brasileiro na edificação ou reconstrução das chamadas arenas esportivas. A presença das construtoras e de seus operadores nos mesmos negócios pode revelar novas conexões, acrescentou.

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