13 de novembro de 2014 | 17:00

Juros fecham em alta com incertezas sobre nova equipe

economia

As taxas de juros futuros fecharam em território positivo nesta quinta-feira, 13, conduzidas pela valorização do dólar, as incertezas sobre a equipe econômica do governo e um leilão do Tesouro. As taxas bateram máximas na sessão durante a tarde após declarações do ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa, um dos nomes cotados para o Ministério da Fazenda. Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Barbosa afirmou, na saída de um evento em Campinas, que não foi convidado para ser ministro do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. “Não fui convidado ou sondado para nenhum cargo. Continuo na área de ensino e pesquisa da EESP-FGV e do Ibre. Portanto, não posso falar sobre algo que não existe”, destacou. Logo após as declarações, o dólar atingiu R$ 2,6020 (+1,64%) de balcão, o maior nível intraday desde o 5 de dezembro de 2008, pouco depois do estouro da crise financeira mundial. As taxas de juros futuros, que já operavam em alta desde o início dia, aceleraram o avanço e bateram máximas, em linha com a valorização do dólar. Operadores relataram movimentos de stop loss de posições vendidas em vários vencimentos da curva a termo, com destaque para o DI janeiro de 2021. “Não tem doador e os estrangeiros estão fora”, disse uma fonte. Segundo operadores do mercado, a alta na curva dos juros vista pela manhã também recebeu suporte de um leilão de prefixados do Tesouro Nacional, que ajudou a amparar as taxas em níveis elevados. Em dias de leilão, os agentes costumam manter os DIs, referência para as taxas pagas pelo órgão, pressionados, na tentativa de garantir bons retornos. No resultado da venda de títulos, merece destaque a venda de LTN para 1/7/2018 com taxas acima de 13% (taxas máxima de 13,0399% e média de 13,0058%).

Clarissa Mangueira, Estadão Conteúdo
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