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O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin 26 de novembro de 2014 | 15:45

Augustin: nunca ouvi falar de ‘plano B’ para meta fiscal

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Depois de repetir pelo menos três vezes que o governo trabalha com o cenário de que o projeto que altera a LDO deste ano será aprovado pelo Congresso Nacional, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse nesta quarta-feira, 26, que nunca ouviu ninguém dizer que tem um plano B, após ser questionado sobre o cumprimento da meta fiscal. “O governo trabalha com a aprovação. Essa expressão ‘plano B’, eu nunca vi ninguém dizer que tem ‘plano B'”, disse. “A meta que fizemos, que está no relatório, consideramos que era a melhor neste momento”, afirmou Augustin, argumentando que o resultado do governo central em 12 meses mostra que a expectativa é coerente. “Evidentemente tem elementos ainda a serem verificados”, ponderou. “Neste ano, optamos por manter investimentos. Isso tudo levou à alteração da LDO e à revisão do relatório”, disse. “A possibilidade de abater PAC e desoneração sempre foi de abater um conceito. O PAC, por exemplo, em vários anos não tinha um número máximo. Estamos preservando o conceito. Só deve ser abatido PAC e desonerações, o que tem impacto de médio e longo prazo”, disse Augustin, em referência ao projeto que está no Congresso Nacional. Questionado sobre as consequências legais se o Congresso não aprovar o projeto que altera a meta fiscal, Augustin se restringiu a responder que o governo trabalha com o cenário de aprovação. “Se trabalhássemos com ideia de não aprovação, o relatório teria que ser outro”, disse. “O debate que está tendo no Congresso é favorável nesse sentido. Se isso (aprovação do projeto) não ocorresse, evidentemente o governo teria que trabalhar com outro tipo de cenário. Se não fosse aprovado, teria que ter outra decisão sobre receitas e despesas”, afirmou, acrescentando que tem vários fatores que podem ser alterados. “Fundo Soberano (venda de ações) pode ser feito ou não, dividendos pode ser mais ou menos rápido, a despesa pode diminuir”, disse.

Estadão Conteúdo
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