Foto: Montagem Política Livre
Por motivos diversos, Pelegrino e Pinheiro deixaram de ser candidatos naturais no PT 07 de outubro de 2014 | 09:25

PT procura candidato para enfrentar Neto em 2016

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Vitorioso na disputa ao governo baiano, o PT terá que criar um candidato em dois anos para encarar a sucessão do prefeito ACM Neto (DEM). A campanha em que Rui Costa elegeu-se governador também eliminou pelo menos três nomes que poderiam se tornar naturais em 2016 na seara governista. O deputado federal Nelson Pelegrino, cuja candidatura já era considerada difícil no PT por ter sido derrotado pela quarta vez em 2012 na disputa à Prefeitura, se reelegeu agora com pouco mais de 100 mil votos, votação considerada pequena para que tente se viabilizar mais uma vez na legenda como candidato.

O senador Walter Pinheiro, que também já disputou e perdeu uma eleição à Prefeitura e poderia ter sua chance de enfrentar ACM Neto nas urnas desta vez, é carta considerada fora do baralho no PT desde que atribuiu à legenda responsabilidade por um suposto esquema de desvio de verbas originário na ONG Instituto Brasil. Uma terceira opção, muito mais remota, mas que poderia se impor dada a dificuldade de o PT dispor de um nome, seria o da senadora Lídice da Mata (PSB), que, depois da campanha, entretanto, anunciou que fará oposição ao projeto político petista na Bahia.

Apesar dos acenos que já começam a ser dirigidos na direção da senadora, como o feito ontem pelo senador eleito Otto Alencar (PSD), tudo indica que, se lançar-se à Prefeitura, Lídice o fará longe do campo governista. “Não estamos preocupados com isso por enquanto, porque nossa meta é eleger a presidente Dilma Rousseff no segundo turno, mas é fato que a princípio o PT não tem nenhuma candidatura natural para 2016”, admite ao Política Livre um alto integrante do partido, avaliando que a combinação da eleição de Rui com a  reeleição da presidente pode atenuar as dificuldades para os petistas daqui a dois anos.

Em sua avaliação, o cenário local conjuminado com o nacional, na hipótese de Dilma Rousseff se reeleger, cria um contexto no qual os petistas terão toda a condição de identificar um nome capaz de representá-lo na sucessão municipal de 2016 ou mesmo possam construir a candidatura até lá. “Problema seria se tivéssemos perdido o governo baiano”, completa. Uma das opções à primeira vista seria representada pela bancada da agremiação em Salvador, formada por nove vereadores, embora ele ache precipitado trabalhar com esta possibilidade. “A priori, não vejo nenhum (vereador petista) que possa ser candidato a prefeito”, afirma.

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