22 de outubro de 2014 | 18:15

Médico e professor da UnB diz que vírus chikungunya chegou para ficar

brasil

Depois de confirmados 789 casos da febre chikungunya no Brasil, tudo indica que o brasileiro terá de conviver com a doença, que é semelhante à dengue. Na avaliação do médico Pedro Tauil, doutor em medicina tropical e professor da UnB, ela chegou ao país para ficar. Segundo ele, o vírus tem os mesmos vetores da dengue, os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, que já estão instalados em todos os estados brasileiros. Além disso, já houve transmissão da febre chikungunya em três estados. Na Bahia, estão confirmados 458 da doença, enquanto no Amapá e em Minas Gerais foram registrados, respectivamente, 330 e um caso. O médico adiantou que, por ter os mesmos vetores, a febre chikungunya deverá ter a mesma sazonalidade da dengue, ou seja, o período das chuvas será de picos de transmissão da doença. Pedro Tauil esclareceu que a nova doença mata muito menos que a dengue, já que, apesar dos mesmos sintomas (febre alta, dor de cabeça e nas articulações), são raras as vezes em que apresenta casos com hemorragia. No novo vírus, a sintomatologia dura de três a dez dias. Outra peculiaridade da febre é a intensidade e o tempo das dores nas articulações. Conforme Tauil, são poucos os casos em que essas dores são fortes e longas. “Na experiencia dos franceses, pessoas ficam um ano [com dores articulares] e outras levam apenas alguns meses. A gente ainda não sabe o que faz essas dores permanecerem”, explicou Tauil. Nesses casos, os pacientes podem precisar usar cortisona para atenuar a dor e até mesmo de tratamento com fisioterapeuta. Leia mais na Agência Brasil.

Aline Leal, Agência Brasil
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