Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo
O laranja de Alberto Youssef no Labogen, Leonardo Meirelles 21 de outubro de 2014 | 17:30

Laranja de Youssef cita Guerra e outro padrinho tucano

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O laranja de Alberto Youssef no Labogen – que lavava dinheiro via importações fictícias -, Leonardo Meirelles, reforçou as suspeitas de que o ex-presidente nacional do PSDB senador Sérgio Guerra (PE), morto em março deste ano, teria recebido propina do esquema corrupção e propina alvos da Operação Lava Jato. Ao ser questionado sobre o trecho da delação premiada vazado pela imprensa que cita o envolvimento do ex-presidente do PSDB, em audiência na 13.ª Vara Criminal Federal em Curitiba (PR), ele apontou o suposto envolvimento de Youssef com outro tucano “padrinho político do passado” e “conterrâneo” no Paraná – o doleiro é de Londrina, interior do Paraná. “Em uma das ocasiões eu estava na sala (de Youssef), teve um contato telefônico do Alberto Youssef do qual surgiu o nome (Sérgio Guerra). Faltava um ajuste, alguém estava não reclamando, estava atribuindo alguma coisa que não estava acontecendo, que não estava caminhando em virtude do que tinha uma coisa do passado que estava parado. Aí surgiu o nome (Guerra)” (sic), afirmou Meirelles ao ser questionado pela defesa sobre o envolvimento de outros partidos com o doleiro. O nome do ex-presidente nacional do PSDB foi citado pela primeira vez pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, em sua delação premiada. Ele afirmou que foi procurado pelo senador tucano em 2009 e foi extorquido em R$ 10 milhões. Em troca, ele atuaria para abafar a CPI da Petrobras, aberta em junho daquele ano. Guerra ocupava uma das três cadeiras da oposição, na comissão composta por 11. Presidida pelo senador Romero Jucá, a comissão apurava entre outras irregularidades as supostas fraudes na obra da Abreu e Lima.

Ricardo Brandt, Fausto Macedo e Mateus Coutinho, Agência Estado
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