Foto: Divulgação /Tribuna
24 de outubro de 2014 | 11:43

70% dos imóveis em Salvador estão irregulares

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Seja por falta de controle adequado, ou por negligência dos órgãos fiscalizadores competentes ao longo dos anos, o fato é que a grande parte das edificações da capital baiana foi erguida de forma irregular. Os dados são do Conselho Regional da Engenharia e Agronomia da Bahia (CREA-BA), e apontam que apenas 30% das construções civis da cidade foram feitas com alvará da prefeitura e orientação profissional. As irregularidades apontadas pela entidade são o número excessivo de pavimentos, onde imóveis ganham andares inadequadamente com poucas colunas que os sustentem; as instalações elétricas, sanitárias e do gás de cozinha encanado que, feitas sem orientação profissional, podem causar curtos circuitos e incêndios. Para o chefe de gabinete do Conselho, Herbert Oliveira, os números podem ser considerados alarmantes evidenciando o crescimento desordenado da capital baiana. “Outro perigo que poderíamos destacar seriam os cortes irregulares no terreno que põe a obra e a vida das pessoas que podem estar residindo ali, principalmente em épocas de chuva quando aumentam os riscos de desabamento, em perigo”, alertou. No entorno da Arena Fonte Nova, pode-se encontrar muitos exemplos de imóveis em condições inadequadas. Nesta região, a maior parte dos imóveis irregulares está concentrada no Engenho Velho de Brotas, porém, o bairro que integra um dos maiores distritos da cidade é apenas uma entre tantas regiões com edificações fora dos padrões ideais de construção. Segundo o engenheiro do órgão, grande parte dessas construções foi erguida sem o recuo mínimo para dentro do terreno. Algo que pode dificultar até mesmo a convivência entre os vizinhos. “Pode acontecer de um vizinho erguer um muro em frente à janela de outro morador, causando desentendimentos, simplesmente porque não está cumprindo com a legislação municipal que define o recuo de 1,5m, além de gerar problemas de saúde, pois pouca luminosidade e ventilação são condições propícias para o desenvolvimento de fungos causadores de doenças”, explicou. Leia mais no Tribuna.

Matheus Fortes, Tribuna
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