Foto: Agência Câmara
Deputado Beto Albuquerque 02 de setembro de 2014 | 18:00

Vice de Marina critica oportunismo eleitoral de Dilma

brasil

O candidato a vice na chapa de Marina Silva (PSB) à presidência da República, deputado Beto Albuquerque, definiu como oportunismo a proposta encampada pela presidente Dilma Rousseff de apoiar agora a criminalização da homofobia aos moldes do que já acontece com o crime de racismo. “Dilma está 12 anos atrasada em tratar a homofobia como crime. Ela está tratando o assunto com oportunismo”, disse Albuquerque ao Broadcast Político. Ao chegar à sessão solene em homenagem ao ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e ao ex-deputado Pedro Valadares, ambos vítimas de um acidente aéreo no dia 13 de agosto em Santos (SP), Albuquerque disse que “tem gente que sequer programa tem”, mas que ainda assim critica o programa do PSB. “A nossa proposta é a mais avançada de todas”, afirmou. O parlamentar voltou a dizer que não houve recuo da campanha em relação às propostas ao público LGBT, mas que houve falta de mediação na incorporação das propostas ao programa. Segundo ele, a falha foi da coordenação da campanha e tanto Eduardo Campos quanto Marina Silva não tinham lido a pauta que foi encaminhada pelo segmento à campanha. Albuquerque voltou a insistir que não cabe ao Executivo encampar projetos que ainda estão tramitando no Congresso Nacional e que isso seria uma invasão de competência. “Pouca gente fez força para que (a pauta LGBT) se transformasse em lei. O governo Dilma fez o quê? Mobilizou sua base? Não.” O vice de Marina Silva disse que o que importa é saber o resultado das urnas no dia 5 de outubro e que ainda não dá para saber se a candidatura perdeu ou ganhou apoio junto ao eleitorado. “Não vamos transformar isso numa tragédia que não é”, comentou. Ele também não quis comentar as declarações do pastor Silas Malafaia nas redes sociais, que pressionou Marina a voltar atrás de seu programa inicial.

Daiene Cardoso, Agência Estado
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