16 de setembro de 2014 | 07:45

Justiça eleitoral reconhece ser difícil investigar prática da compra de votos

bahia

Apesar de a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-BA) não ter o levantamento de quantas denúncias por compra de votos foram feitas este ano, dirigentes dos órgãos que organizam o processo eleitoral admitem a existência da prática ilícita, porém, relatam as dificuldades para realizarem investigações. Não é de hoje que se fala da aquisição ilícita de pleito, prática de adquirir votos em troca de bem ou vantagem de qualquer natureza, como dinheiro, emprego e influência política. Muitos postulantes se arriscam com o método mesmo com as punições que vão desde o pagamento de multas à cassação do registro ou do diploma. Entretanto, mesmo com o conhecimento de que esses casos existem, muito pouco ainda é averiguado. Na Bahia, 900 pessoas tiveram suas candidaturas deferidas, o que impossibilita diante da estrutura do Poder Judiciário uma maior fiscalização. Pelo menos, esse é o cenário apresentado pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Lourival Almeida. Segundo ele, o Judiciário precisa ser provocado para investigar as ocorrências. A argumentação também é de que o sistema existente abre brechas para as ocorrências de caixa dois e compra de votos. “Nosso poder Judiciário tem um compromisso muito sério com as eleições, mas é evidente que ele deve ser provocado pelas partes. Qualquer denúncia que tiver e aí eu aproveito para convocar até a imprensa para que nos ajude neste particular para que tenhamos eleições transparentes”, afirmou. Leia mais no Tribuna.

Lilian Machado, Tribuna
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