27 de agosto de 2014 | 18:45

Ministério da Cultura discute criação de museu da memória afrodescendente

brasil

O seminário Rumo ao Museu Nacional da Memória Afrodescendente, em curso na Fundação Cultural Palmares, em Brasília, discute o desafio de contar a trajetória do negro no país. Segundo o presidente da fundação, Hilton Cobra, essa história tem sido negada nos relatos oficiais. Por isso, é necessário reunir vestígios e conhecimentos, e construir um museu que seja capaz não apenas de relembrar, mas de atualizar o passado à luz dos desafios do presente. O projeto do Museu Nacional da Memória Afrodescendente está a cargo do Ministério da Cultura, e ao participar do seminário, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, disse que a expectativa é que o espaço seja inaugurado em três ou quatro anos. Para tanto, um terreno de 65 mil metros quadrados na capital foi doado pelo governo do Distrito Federal. Instituições vinculadas ao ministério, como a Fundação Casa de Rui Barbosa, organizaram-se em grupo e discutem a proposta museológica. Além disso, a ministra adiantou que está sendo preparado um edital para o desenho arquitetônico. Para a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, a instalação é um “passo extremamente importante para que possamos contar a nossa história”. Ela acredita que o museu incentivará pesquisas sobre a temática. Nesse sentido, a secretária de Educação Continuada, Alfabetização e Inclusão do Ministério da Educação, Macaé Evaristo, acredita que o museu poderá contribuir para a garantia do ensino da história e da cultura dos africanos e dos afrodescendentes, conforme determina a legislação.

Helena Martins, Agência Brasil
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