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País teve dois trimestres seguidos negativos 30 de agosto de 2014 | 09:45

Investimento e indústria caem e Brasil entra em recessão

economia

Com investimentos e indústria em baixa, a economia encolheu no 2º trimestre, e as projeções agora apontam para crescimento perto de zero em 2014. O Produto Interno Bruto (PIB, renda total gerada no País) recuou 0,6% de abril a junho, na comparação com o 1º trimestre, revelou ontem o IBGE. O instituto também revisou para baixo o resultado do 1º trimestre, de uma alta de 0,2% para um recuo de 0,2%. Com isso, o País teve dois trimestres seguidos negativos, o que caracteriza uma “recessão técnica”. Para alguns especialistas, o termo recessão, embora esteja correto, é exagerado. E talvez fosse melhor falar em estagnação. Seja qual for a qualificação, o resultado piorou as expectativas para os desempenhos de 2014 e 2015 e entrou firme no debate eleitoral. Após a divulgação do PIB, houve uma onda de revisões de projeções para o resultado do ano. Uma pesquisa feita à tarde pela Agência Estado mostra que a aposta média do mercado agora é de uma alta de 0,35% do PIB em 2014, menor resultado desde 2009, auge da crise global. Já há quem fale que a economia pode chegar ao fim do ano no zero a zero, com o mesmo tamanho do PIB de 2013. Se o resultado de 0,35% for confirmado, a média de crescimento do governo Dilma Rousseff ficaria em 1,6%, a pior desde o governo Fernando Collor (1990-1992). A oposição atacou o governo. Aécio Neves (PSDB) criticou duramente o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmando que o modelo do governo petista fracassou. Marina Silva (PSB) afirmou que o País atravessa um momento grave, “em que há falta de confiança e de credibilidade”. Dilma classificou como “momentânea” a retração e disse esperar uma “grande recuperação” no segundo semestre. Assim como Mantega, ela atribuiu o resultado ao excesso de feriados, por causa da Copa do Mundo, e à influência da economia internacional

Agência Estado
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