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Presidente da Petrobras, Graça Foster 30 de agosto de 2014 | 08:30

Graça Foster quer ser lembrada na Petrobras pela gestão

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Após ser incluída no processo que apura as responsabilidades pelos prejuízos na compra da refinaria de Pasadena, no Texas, e ter enfrentado um pedido de bloqueio de bens, a presidente da Petrobras, Graça Foster, destacou como uma marca de seus dois anos no comando da empresa os ganhos em “planejamento e gestão” da companhia. A executiva também ressaltou a “coerência, a ética e a moralidade” como um dos pontos mais importantes na liderança, ao realizar um balanço de sua trajetória em entrevista para jovens profissionais. Realizado pela Fundação Educar, o evento não foi aberto ao público ou à imprensa. “Quero ser lembrada na Petrobras pela gestão, pelos procedimentos, pela disciplina de planejar, elaborar, discutir, definir metas, ter disciplinas nos propósitos, rigor na elaboração de pautas, na convivência com a diretoria… O resultado vem disso”, afirmou a Graça sobre seu legado na estatal. O tema foi abordado no encerramento de um bate-papo virtual. No momento em que as ações da companhia registram fortes altas no mercado financeiro com a ascensão da candidata Marina Silva na corrida eleitoral, as falas simbolizam um balanço dos anos à frente do cargo, que ocupa desde 2012 por indicação da presidente Dilma Rousseff. Segundo Graça, na sua trajetória profissional, a “coerência é um guia”. “Trabalhar dentro dos princípios da ética e da moralidade são elementos fundamentais que a gente percebe dentro de nós de forma mais evidente nos momentos em que você gradativamente vai assumindo poder”, afirmou. “Isso é algo na minha carreira que me acompanha”, completou. Para Graça, o poder não está atrelado à presidência de uma grande empresa, mas ao convencimento de pessoas sobre suas ideias. Graça falou sobre sua trajetória profissional na companhia, onde começou como estagiária. Hoje ela é considerada uma das 20 mulheres mais poderosas do mundo. “A liderança em qualquer nível tem como alicerce o conhecimento. Não é razoável você imaginar que vai dotar um profissional de poder e ele não ter condição de comunicar-se com aquele grupo que lidera”, disse. “Ponto difícil é o conflito entre ser querida e passar por cima de coisas que não estão sendo feitas no prazo ou que poderiam ser melhor feitas. É o conflito entre se deixar levar ou levar”, afirmou ao ser questionada sobre as dificuldades na empresa.

Antonio Pita, Agência Estado
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