Foto: Dilvugação
Candidato ao Senado, Geddel Vieira Lima (PMDB) 29 de julho de 2014 | 08:28

Oposição critica números apresentados por governo baiano

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Após se verem criticados pelo governador Jaques Wagner (PT), que, em entrevista à Tribuna, ressaltou a possibilidade de seus candidatos ao governo, Rui Costa (PT) e ao Senado, Otto Alencar (PSD), ganharem no primeiro turno, os oposicionistas rebateram, com o ânimo de quem está no palanque e deseja a revanche nas urnas. Pelo menos esse foi o recado pelo postulante ao Senado, Geddel Vieira Lima (PMDB), e de lideranças partidárias que contra-atacaram ao dizerem que os números de investimentos e realizações divulgados pelo governo contrariam o “sentimento das ruas”. Na corrida ao Senado, Geddel elevou o tom contra a avaliação do governador. “Quando leio as coisas que ele (Wagner) diz, tenho a nítida sensação de que se trata de um nefelibata. Eu vejo que nem ele acredita nos conceitos que propaga”, disparou. O peemedebista frisou o número de 37 mil assassinatos, o crescimento dos assaltos a bancos e caixas eletrônicos, como comprovações do “fracasso”, além da “incompetente” administração da central de regulação na área da saúde. “A Ferrovia Oeste Leste que não anda, o Porto Sul que não sai do papel, um ginásio esportivo e uma piscina olímpica derrubados, educação com os piores indicadores do Brasil. Ele não pode imaginar que vai fazer uma campanha com números fantasiosos ao contrário do sentimento das ruas”, criticou. Geddel disse também que os petistas baianos “não terão mais a carona de Lula” (ex-presidente) para se elegerem. Ele também questionou a ausência de Wagner nas propagandas. A declaração do governador de que a oposição “não tem unidade, só junção”, foi rechaçada pelos oposicionistas. O presidente da coligação de Souto, “Unidos pela Bahia”, José Carlos Aleluia, disse que o grupo tem um projeto “sólido e em comum de uma nova Bahia”. “Nosso projeto é recuperar a importância da Bahia no cenário nacional. Não adianta o governador Jaques Wagner, com sua retórica falaciosa, querer atacar uma unidade que se forjou no calor do debate, numa clara demonstração do exercício da democracia, quando ele optou por um processo ditatorial, enfiando goela abaixo dos aliados o nome daquele que deveria disputar a sua sucessão”, afirmou. O líder democrata destacou a baixa nos índices da economia do estado. “A Bahia, que era a sexta economia do País, caiu e passou a ser a oitava. Aleluia lembra que, nesta semana, foi divulgado o Ranking Nacional de Competitividade, e a Bahia teria saído de 9º para 13º lugar. Houve contestação também sobre a segurança pública. “Diante da tragédia de 37 mil assassinatos, pega até mal para o governador ficar se vangloriando que comprou mais fardas, armamentos, viaturas etc. Cadê o resultado deste investimento maior que ele diz que fez? Ele também defendeu a gestão de Souto, em relação ao Funprev, que, segundo ele, foi o único que “efetivamente capitalizou o fundo”. Liderança do PSDB baiano, o deputado federal Jutahy Magalhães criticou a estratégia política de Wagner em lançar o ex-secretário Rui ao governo. “O nosso grupo conquistou a unidade com persistência, competência e sorte, o que se reflete nas pesquisas. Enquanto isso, tudo que podia dar errado para o governo deu. Tinham uma candidatura da estrutura deles que é a senadora Lídice da Mata, figura muito mais conhecida”, citou. Jutahy acredita que há uma queda no cenário econômico. “O crescimento se encerrou, a inflação está alta, as planilhas endividadas e o empresariado sem confiança de investir pela falta de credibilidade na liderança da presidente Dilma. Esse cenário gerou um sentimento grande de mudança no Brasil e na Bahia”.

Lilian Machado, Tribuna
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