Foto: Montagem Política Livre
Governador Jaques Wagner (PT) e o prefeito ACM Neto 26 de julho de 2014 | 09:32

Prefeito diz que crise foi provocada por Jaques Wagner

salvador

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), rebateu ontem o governador Jaques Wagner (PT) sobre o tipo de relação mantida, atualmente, entre as esferas do governo e da prefeitura da capital baiana. Nas últimas semanas, os gestores que até pouco tempo, estavam em “lua de mel”, entraram em embate sobre questões que envolvem instâncias do município e do estado. O mal- estar entre ambos foi evidenciado pelo próprio Wagner, em visita à Tribuna essa semana, quando ele acusou Neto de querer “tomar conta da Embasa” e ainda disse que lua de mel seria um “exagero”. Durante evento, ontem, o prefeito sinalizou que não quer prolongar o desentendimento, porém revidou as acusações. “Eu não vou alimentar nenhum tipo de desavença. Eu apenas não fico calado. Se eventualmente houver algum tipo de ação contra a prefeitura eu sou obrigado a denunciar e a revelar porque esse é o meu dever como prefeito. O democrata negou que a prefeitura tenha incitado uma postura contrária do governo. “Lembrando que nós não provocamos absolutamente nada. As últimas ações foram todas provocadas pelo governo do estado, como a criação da Entidade Metropolitana, a tentativa de interferir indevidamente no processo urbano de licitação do transporte rodoviário, o cancelamento do financiamento do Desenbahia, já aprovado pela Câmara Municipal. A prefeitura não provocou nada disso. As ações vieram do governo do estado e ele que deve responder que tipo de relação quer ter com a prefeitura. Eu garanto que quero continuar tendo uma relação de muito respeito e parceria”. O cenário de disputa nas urnas de outubro foi mencionado pelo alcaide de Salvador. “Eu espero que o debate político e eleitoral não contamine a necessária relação administrativa que deve existir entre prefeitura e governo do estado”, sugeriu. Wagner tem como candidato à sucessão o seu ex-secretário da Casa Civil, Rui Costa (PT), enquanto Neto é um dos articuladores da candidatura de Paulo Souto (DEM), que colaborou com a montagem de sua administração. Leia mais no Tribuna.

Lilian Machado, Tribuna
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