Foto: Almiro Lopes / Correio*
Comcar aprovou novas regras para a passagem dos blocos 29 de julho de 2014 | 09:15

Carnaval: regras do desfile mudam e venda de vaga será punida

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Após mais de 20 anos sem mudanças, o Carnaval de Salvador terá novas regras a partir do ano que vem. As mudanças vão desde a permissão na troca de lugares na fila até a demarcação da ordem do desfile com apoio da Polícia Militar. Todas as regras foram publicadas pelo Conselho Municipal do Carnaval (Comcar), ontem, no Diário Oficial. Depois de tantas polêmicas com a venda de vagas nos desfiles, uma das principais mudanças é que agora é permitido fazer a troca de lugar na fila. Mas, para isso, é necessário ter mais de seis anos de desfiles ininterruptos. Só que, assim como antes, não é permitido nenhuma compensação financeira nessa troca, o que configuraria venda da vaga. Segundo o presidente do conselho, Pedro Costa, a ideia de flexibilizar é justamente para coibir esse tipo de prática. “Está havendo essa flexibilidade para que não haja a locação de lugar. Isso é diferente”, garante o dirigente. As entidades que fizerem a troca terão que assinar um termo de responsabilidade, garantindo que não houve pagamento na negociação do espaço. A mudança só pode ser efetivada depois da autorização do Comcar. Os blocos novos não podem trocar de lugar e devem permanecer no fim da fila. Os novatos também não estão autorizados a fazer junções para galgar uma posição melhor no desfile. Com as novas regras, para fazer junção é preciso ter mais de seis anos de desfile seguidos. Para fazer a fusão definitiva, os blocos deverão protocolar em até 60 dias – contados a partir de ontem – um requerimento conjunto e informar o nome único com o qual passarão a desfilar. Depois de formalizada a junção, não é possível voltar atrás. As parcerias são válidas por apenas dois anos. Outra mudança é que os blocos que há três anos desfilam numa vaga poderão continuar na mesma posição. Para isso, também é necessário fazer a comprovação, com base em relatórios da prefeitura, de outros carnavais. De acordo com Pedro Costa, as mudanças começaram a ser discutidas entre as entidades carnavalescas em maio de 2013. “Estamos fazendo isso desde o ano passado, e com a preocupação de que fosse prejudicar alguma entidade no Carnaval de 2014, deixamos para o de 2015 essas regras”, destaca o dirigente. Leia mais no Correio.

Amanda Palma, Correio*
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