18 de junho de 2014 | 09:00

Petrobras rompe contrato com empresa ligada a ex-diretor

brasil

A Petrobras rescindiu contrato de R$ 443,8 milhões com a Ecoglobal Ambiental e a Ecoglobal Overseas, após a Polícia Federal levantar a suspeita de que as companhias têm ligações com o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e com o doleiro Alberto Youssef, ambos presos pela Polícia Federal sob suspeita de integrarem um esquema de lavagem de dinheiro desbaratado pela Operação Lava Jato em 17 de março. Em comunicado ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas decisões da operação, a companhia dá por cancelado, desde a quinta-feira passada, o vínculo com as duas empresas. Oficialmente, a Ecoglobal é de propriedade do empresário Vladmir Magalhães da Silveira. Os investigadores, porém, dizem ter achado documentos que mostram a ligação da companhia da área ambiental com Costa e Youssef. A Polícia Federal sustenta que o ex-diretor da Petrobras era a ponte do doleiro com a estatal. No documento em que anuncia a rescisão do contrato, a Petrobras justifica que a Ecoglobal feriu a “boa-fé objetiva” e seu código de ética ao faltar “com os deveres de clareza, transparência e colaboração no que tange à sua composição societária”. Além disso, alega que elas não terão meios de concluir o objeto do contrato, o que acarreta “transtornos operacionais” e, em consequência, “potenciais prejuízos financeiros”.

Fábio Fabrini e Fábio Brandt, Agência Estado
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