18 de abril de 2014 | 09:37

Obras de Gabriel García Márquez foram parar no cinema

brasil

Bem-humorado, o maior escritor latino-americano se descrevia, de forma jocosa, como “cineasta frustrado””. Havia chiste na frase. Mas nem tanto. Gabriel García Márquez amava o cinema e esteve envolvido em atividades cinematográficas ao longo de quase toda a sua vida. O cinema o recompensou em seu amor, levando para as telas mais de 20 adaptações de suas obras literárias. Para se ter ideia de como Gabo levava a sério o cinema, basta lembrar que, em companhia de amigos como Fernando Birri, Julio García Espinosa, Gutierrez Alea e outros, estudou, no início dos anos 1950, no então mitológico Centro Experimental de Roma, tido como berço do neorrealismo italiano e das ideias cinematográficas mais avançadas da época. O Norte do cinema contemporâneo passou pela Itália. E lá, Gabo aprendeu muito, mas colocou pouco em prática. Ele mesmo dizia, em tom de autoironia, que sua participação efetiva no mundo do cinema se resumiu à função de terceiro assistente em uma filmagem do italiano Alessandro Blasetti. Acrescentava que sua função consistia em segurar uma corda de isolamento para que as filmagens não fossem perturbadas por curiosos.

Luiz Zanin Oricchio, Agência Estado
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