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Ex-corregedora nacional de Justiça deve turbinar candidatura do PSB ao governo 23 de novembro de 2013 | 11:09

Ingresso de Eliana é comparável à filiação de Marina ao PSB

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Guardadas as proporções, o anúncio da filiação da ministra Eliana Calmon ao PSB para disputar o Senado pela Bahia, divulgado ontem com exclusividade por este Política Livre e confirmado hoje pelo jornal A Tarde, pode ser comparado ao ingresso da ex-senadora Marina Silva no time do presidenciável Eduardo Campos.

Não custa lembrar que foi o próprio Eduardo que trabalhou pela adesão de Eliana, depois de tecer loas consideráveis ao legado e a tudo o que a ministra representa do ponto de vista dos valores republicanos numa rádio baiana, de olho na importância que o movimento terá para seu palanque eleitoral de candidato a presidente na Bahia.

Portanto, a entrada em campo da ministra terá estrondoso impacto, além de dar um ‘push’ considerável na candidatura ao governo da senadora Lídice da Mata, que será a fiel representante de Eduardo no Estado. Como bem observou hoje Ivan Carvalho, em sua coluna política na Tribuna, uma das primeiras consequências do ingresso de Eliana no jogo político já está traçada.

Diz respeito a uma discussão sobre a prudência da antecipação da escolha do candidato petista ao governo, prevista para o próximo dia 30. Será que faz sentido definir a candidatura e os demais cargos da chapa majoritária – a vice e o Senado – desconsiderando a tradição baiana de decidir temas que tais depois do Carnaval?

Embora uma incógnita do ponto de vista eleitoral e eleições majoritárias no Brasil, assim como na Bahia, sejam obra mais da estrutura política e partidária do que dos votos de opinião, não resta dúvida de que Eliana tem tudo para despertar apoio e energias contidas num considerável eleitorado difuso que não aguenta mais a classe de políticos profissionais.

Pode ser que não chegue a lugar algum, mas tem todos os elementos também para se transformar num fenômeno eleitoral. Portanto, disputar com ela a única vaga a que a Bahia tem direito nas eleições ao Senado em 2014 não é nada previsível, mesmo para lideranças de peso como o atual secretário estadual de infra-estrutura e vice-governador Otto Alencar (PSD), adepto da tese, ainda segundo Ivan Carvalho, desde antes do anúncio de Eliana, de que é temerária a escolha do candidato ao governo – como do restante da chapa governista – no dia 30.

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Raul Monteiro
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