Foto: Agência Brasil
O baiano João Santana: eleito bode expiatório do isolamento de Dilma 05 de julho de 2013 | 09:48

Em encontro secreto, petistas pedem cabeça de Santana

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Durante a passagem da presidente Dilma Rousseff (PT), ontem, por Salvador, um petista importante se aproximou do repórter do Política Livre e fez um desabafo. Segundo ele, apesar de todo o esforço feito pelo governador Jaques Wagner, no evento, para levantar a bola da presidente, ela permanece profundamente isolada no governo. Ele contou que, na última segunda-feira, num encontro que não vazou à imprensa, ocorrido entre a coordenação da bancada do PT no Congresso e os ministros pertencentes ao partido, a voz comum era de que ninguém consegue saber o que a presidente está pensando neste momento de crise. “Ela não se comunica com ninguém, exceto com Aloízio Mercadante (ministro da Educação), Fernando Pimentel (ministro da Indústria e Comércio) e João Santana”, revelou. Aliás, sobre o marqueteiro baiano, fez várias críticas, atribuindo a ele a idéia que considerou “estapafúrdia” de propor uma assembleia constituinte específica para a reforma política. “Não se pode propor uma coisa dessas sem ouvir o Congresso, meu caro. Só pode ter vindo dele (João Santana), que não conhece de política, do estatuto da Câmara nem de Constituição”, afirmou, acrescentando que formou-se, no encontro da última segunda-feira, um grupo determinado a pedir o afastamento de Santana da articulação política do governo. Na mesma reunião, um petista chegou a chamar Santana de “Rasputin de Tucano”, uma referência ao mesmo tempo ao monge Grigori Rasputin, que, mesmo sem ter formalmente cargo no governo imperial russo, exerceu uma enorme influência na última fase de vida da dinastia Romanov, antes da Revolução Russa, e à origem baiana do marqueteiro, nascido no pobre município de Tucano.

Raul Monteiro
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