07 de janeiro de 2013 | 17:32

Intelectuais chamam de “desrespeito” possibilidade de Olívia Santana ser indicada à Fundação Pedro Calmon

bahia

Após surgirem especulações de que a Fundação Pedro Calmon pudesse ser gerida pela ex-vereadora Olívia Santana (PCdoB) devido à morte do historiador Ubiratan Castro, intelectuais começaram uma mobilização contrária à indicação da comunista. Critica-se a indicação apenas pelo compromisso político do PT com a ex-vereadora, que abriu mão de disputar mais um mandato na Câmara para ser vice de Nelson Pelegrino à Prefeitura de Salvador. “A indicação da senhora Olívia Santana para substituir o professor Ubiratan na Fundação Pedro Calmon seria um grande desrespeito à memória daquele ilustre intelectual. A ex-vereadora não tem nenhum vínculo com a cultura baiana. Trata-se de puro oportunismo político. Aos derrotados à cultura? Inadmissível e imperdoável equívoco”, afirmou o poeta Antônio Lima. “Tenho a mesma opinião do poeta. Cultura? Para nada vale. Tome-lhe, Olívias da vida guela a baixo”, observou o professor Elísio Brasileiro. O escritor João Ubaldo Ribeiro arrematou: “Se a moda pegar, vai ter veterinário candidato a ministro da Cultura”. O cineasta Walter Lima fez questão de reforçar as críticas. “Quero fazer eco ao desabafo dos escritores Antonio Lins, Ubaldo e Elísio Brasileiro contra a suposta indicação da ex-vereadora Olívia Santana para o cargo ocupado pelo saudoso Bira Gordo na Fundação Pedro Calmon. É um acinte à cultura, um desrespeito a cidadania a mera especulação desta senhora ocupar um cargo relevante na cultura da Bahia.”

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