Foto: Gilberto Júnior / BN
Lílian BAcelar e André Dumet 28 de novembro de 2012 | 09:28

EXCLUSIVO: Amiga conta drama vivido pela família do deputado Bacelar; marido seria pivô da discórdia

bahia

Apesar da dor de ver um familiar preso, a detenção de Lílian Bacelar representou um alívio para amigos e parentes do deputado federal João Carlos Bacelar (PR), segundo relato exclusivo de um deles ao Política Livre. De acordo com a mesma fonte, desde a morte do pai, o ex-deputado Jonga Bacelar, Lílian briga com o irmão pelo controle do espólio, incentivada pelo marido, André Dumet, também preso ontem sob a acusação de formar com ela o núcleo que tentava extorqui-lo.

Para familiares do parlamentar, com a entrada em cena da polícia e, posteriormente, da Justiça, a expectativa é de que agora cesse o “inferno” em que Lílian e o marido tranformaram a vida da família, motivados pelo desejo de manipular a herança e os negócios deixados por Jonga. “Ninguém comemora o fato de ver um parente preso, mas isto precisava de um basta. Já era hora”, descreveu outro deles ao site.

Desde o início da briga, Lílian afastou-se da família, que passou a dar apoio total a João Carlos Bacelar. Por causa das denúncias e dos grampos feitos pelo casal, o deputado chegou a ser denunciado na Câmara dos Deputados ao Conselho de Ética por envolvimento num suposto esquema de venda de emendas parlamentares do qual foi posteriormente inocentado pelos colegas. O fim do casamento do deputado também é atribuído à crise criada pela irmã.

Há consenso na família de Bacelar de que Lílian, criada com todo mimo e carinho, seria uma figura frágil e alvo constante da manipulação do marido. Seu primeiro envolvimento amoroso sério, por volta dos 20 anos, com um homem 40 anos mais velho, teria sido motivo também de grande consternação para os pais, acabando mais ou menos um ano depois sob muito sofrimento para todos, contou uma amiga dela ao Política Livre.

A moça falou ao site sob a condição de não ter sua identidade revelada sob nenhuma hipótese. Contou que o relacionamento de Lílian com Dumet, um rapaz de classe média baixa, não demoraria a render as mesmas dores de cabeça ao núcleo familiar. Também relatou que, desde o aprofundamento do relacionamento com Dumet, Lílian teria assumido um comportamento obsessivo, abandonando suas atividades e fixando-se na idéia exclusiva de destruir o irmão para assumir o controle do espólio.

Segundo a amiga, desde cedo o marido teria dado sinais claros de interesse no dinheiro dos Bacelar, motivo porque nunca foi efetivamente integrado ao núcleo familiar. A situação se tornaria explícita com a morte do patriarca. A queixa do casal era de que o deputado e herdeiro teria todo o poder, delegado pela mãe e os demais irmãos, para conduzir o espólio e os negócios.

Durante o período do litígio, várias tentativas de acordo foram feitas, inicialmente pelo irmãos e a mãe e, depois, quando a guerra foi declarada contra Bacelar, por parentes próximos, como tios e primos. Em todas elas, os interlocutores deixaram a mesa de negociação com o casal convencidos de que suas exigências eram inaceitáveis.

Na última delas, um proeminente membro da família, figura respeitada e conhecida na sociedade baiana, saiu tão revoltado da conversa que mantivera com André Dumet que deixou o encontro direto para uma delegacia a fim de prestar uma queixa contra o marido de Lílian. A decisão, sem consulta prévia à família, fora tomada sob a justificativa, dada por ele depois, de que estivera à mesa com “um marginal, um estelionatário barato que merecia ir para a cadeia”.

Recentemente, também a mãe do deputado foi alvo de uma nova e forte decepção. Aproveitando a passagem de uma data importante, ela mandou entregar à filha um presente. Recebeu de volta o objeto com um recado duro por escrito: nele, Lílian dizia que não a reconhecia mais como mãe.

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