19 de agosto de 2012 | 07:15

Renan Calheiros decide testar limites de Dilma no Senado

brasil

Antes de mergulhar no recesso parlamentar do meio do ano, Renan Calheiros recebera de Dilma Rousseff um jato de água fria. A presidente avisara que, dedicando-se ao projeto de tornar-se governador de Alagoas em 2014, o líder do PMDB teria o apoio do seu governo. Porém, candidatando-se à poltrona de José Sarney no comando do Senado, que vagará em fevereiro de 2013, precisaria passar por cima do Planalto. Ressabiado, Renan escondeu a ponta da lança. Em silêncio, assistiu Dilma lançar o ministro Edison Lobão para o posto de Sarney. Sob holofotes, fez pose de conformado. Longe dos refletores, trombeteou a tese segundo a qual Dilma prestigiava Lobão para livrar-se dele no Ministério de Minas e Energia, varrendo o PMDB da pasta. Padrinho da nomeação de Lobão, Sarney comprou o veneno. Na semana passada, Renan reuniu-se por mais de duas horas com o líder de Dilma no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM). Informou que está novamente na pista. Reacendeu-se em sua alma o desejo de retornar ao comando. Quem se lembra de 2007, ano em que Renan abdicou da presidência do Senado nas pegadas de um escândalo que misturou uma amante, um filho fora do casamento e uma empreiteira, percebe que na política o tempo corre ao contrário. Em vez de envelhecer, rejuvenesce. (Blog do Josias)

Comentários